BRIGITTE e RIHANNA e o incrível processo de criação de Rosas do Deserto

O cultivo de Rosa do Deserto (Adenium) está a produzir a cada ano novas flores cada vez mais incríveis e de beleza estonteante.


Adenium Obesum - exemplar Brigitte (créditos Cristiano Rd)

A ARTE de polinizar flores para realizar o cruzamento de cores, formatos de pétalas e mesmo acrescentar perfume, têm tornado o cultivo de Rosa do Deserto uma verdadeira febre no mundo inteiro. Exemplo disso é que em cada floricultura ou supermercado do Brasil é possível encontrar facilmente Adeniuns para venda na sessão de plantas. Uma planta ornamental nobre que se tornou acessível ao público.

O cultivo e o processo de hibridização começou na década de 70, com o célebre professor Mark Dimmit, botânico da Universidade da Califórnia e conhecido como maior colecionador de plantas exóticas do mundo, que criou ainda nos anos 80 a primeira Rosa do Deserto de pétalas totalmente vermelhas, a Crimson Star. Posteriormente, na década de 90, seus exemplares chegarem à Ásia, em países nos quais o processo de cruzamento para a criação de novas flores, de cores e tamanhos variados, virou um negócio sério a nível global.


Adenium Obesum, exemplar Rihanna (créditos Cristiano RD)

Só no Brasil, em 2021, o mercado de flores atingiu faturamento na casa dos incríveis R$ 10,9 Bilhões, o que demonstra a força de expansão do cultivo de plantas no País. Tal cifra demonstra que, assim como ter animais de estimação por perto, o brasileiro também ama estar cercado de verde e, claro, de flores. É inimaginável, por exemplo, encontrar um só lar que não possua pelo menos um pote de planta, mesmo que seja plantada dentro de uma embalagem reciclada de produto - o que torna a ideia ainda mais fascinante, ou mesmo plantada no chão do quintal.

Quando se trata de Rosa do Deserto, a velocidade de transformação e melhoramento dos exemplares a cada ano saltam aos olhos. Na natureza, a planta selvagem possui flores simples, de cores que variam do branco aos tons de rosa, sem nenhuma grande ousadia criativa, que em nada lembra as plantas que se destacam atualmente nas prateleiras e sites de venda na internet. Tamanho fascínio por adeniuns movimenta também um outro fenômeno: a propagação de inúmeras páginas de cultivadores que criam uma conexão direta com o público, compartilhando produtos, cuidados e também a criação de novas flores.

Tem-se tornado difícil, a cada ano, acessar sites de grande produtores sem cair na tentação de adquirir uma nova planta. A qualidade das cores, tamanhos, formatos de pétalas tem levado as Rosas do Deserto a outro patamar no disputado mundo das flores, um fascínio para os olhos, que resulta em pessoas boquiabertas com tamanha majestade e beleza. Prova disso são os exemplares Rihanna e Brigitte de 2021-2022, com flores que chegam muito próximas da perfeição, a constatação de que a natureza é capaz de inovar constante. E nós, seres humanos, estamos dispostos a dar uma ajudinha para levá-la ao limite da perfeição criativa.

A Rosa do Deserto, definitivamente, é a espécie ornamental que veio para ficar. Uma febre que promete ser perene assim como ocorreu com o cultivo de orquídeas, que estourou mundialmente a partir da década de 60, e permanece pujante até os dias atuais.

Qual será a nova flor estonteante de amanhã?


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